Bancos propõem aumento na margem consignável, o que reduziria os juros
Rio - O Ministério da Previdência Social consultará o Ministério da Fazenda para checar a possibilidade de fazer novas mudanças nas regras do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS. O pedido de modificação, para aumentar a margem consignável de 20% para 30% da renda nos empréstimos com desconto em folha, partiu da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Rio - O Ministério da Previdência Social consultará o Ministério da Fazenda para checar a possibilidade de fazer novas mudanças nas regras do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS. O pedido de modificação, para aumentar a margem consignável de 20% para 30% da renda nos empréstimos com desconto em folha, partiu da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
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O objetivo da proposta é permitir que beneficiários que não querem cartão de crédito, que têm juros mais altos, possam usar os 30% de margem com a modalidade de débito no contracheque. Pelas regras atuais, segurados podem comprometer 20% da renda mensal com desconto em folha e 10% com cartão de crédito. A proposta beneficiaria os que precisam tomar empréstimos acima do patamar de 20%, pois poderiam pagar juros menores.
O objetivo da proposta é permitir que beneficiários que não querem cartão de crédito, que têm juros mais altos, possam usar os 30% de margem com a modalidade de débito no contracheque. Pelas regras atuais, segurados podem comprometer 20% da renda mensal com desconto em folha e 10% com cartão de crédito. A proposta beneficiaria os que precisam tomar empréstimos acima do patamar de 20%, pois poderiam pagar juros menores.
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JUROS AINDA ALTÍSSIMOS
JUROS AINDA ALTÍSSIMOS
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“Será bom para o aposentado que não quer usar cartão”, argumenta o superintendente de Projetos Especiais da Febraban, Jorge Higashino, que apresentou a proposta ao governo. A meta é voltar às regras anteriores ao lançamento do cartão de crédito, mas com a manutenção do prazo de 60 meses para pagamento. Em uma simulação feita pelo professor José Eroni Fernandes, da Fundação Getulio Vargas (FGV), se um aposentado que ganha por mês R$ 2 mil comprometesse R$ 400 mensais com o empréstimo tradicional e R$ 200 no cartão de crédito, com prazo de 60 meses para quitar, ele iria pagar 107,7% de juros, ou R$ 18.700,05, mais que o valor tomado emprestado, de R$ 17.352,40. Já se pudesse comprometer os mesmos 30% da renda na modalidade tradicional, os juros pagos no mesmo período seriam de 94,12% e o empréstimo tomado poderia ser maior: R$ 18.545,19.
“Será bom para o aposentado que não quer usar cartão”, argumenta o superintendente de Projetos Especiais da Febraban, Jorge Higashino, que apresentou a proposta ao governo. A meta é voltar às regras anteriores ao lançamento do cartão de crédito, mas com a manutenção do prazo de 60 meses para pagamento. Em uma simulação feita pelo professor José Eroni Fernandes, da Fundação Getulio Vargas (FGV), se um aposentado que ganha por mês R$ 2 mil comprometesse R$ 400 mensais com o empréstimo tradicional e R$ 200 no cartão de crédito, com prazo de 60 meses para quitar, ele iria pagar 107,7% de juros, ou R$ 18.700,05, mais que o valor tomado emprestado, de R$ 17.352,40. Já se pudesse comprometer os mesmos 30% da renda na modalidade tradicional, os juros pagos no mesmo período seriam de 94,12% e o empréstimo tomado poderia ser maior: R$ 18.545,19.
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Apesar da vantagem proposta, Eroni adverte que só se deve pegar empréstimos em situações emergenciais. “É preciso ter em mente que um empréstimo em 60 meses comprometerá 30% do salário durante cinco anos. O aposentado terá que se virar com apenas 70% do rendimento e pagar altas taxas de juros”, alerta.
Nos casos em que o empréstimo é a única alternativa, ele aconselha não usar o cartão de crédito e, se os juros forem maiores de 1,2% ao mês, que se evite prazos acima de 36 meses. Os aposentados que quiserem ter cartões de crédito devem procurar pagar a fatura sem atraso para não terem de pagar juros ainda mais altos.
Apesar da vantagem proposta, Eroni adverte que só se deve pegar empréstimos em situações emergenciais. “É preciso ter em mente que um empréstimo em 60 meses comprometerá 30% do salário durante cinco anos. O aposentado terá que se virar com apenas 70% do rendimento e pagar altas taxas de juros”, alerta.
Nos casos em que o empréstimo é a única alternativa, ele aconselha não usar o cartão de crédito e, se os juros forem maiores de 1,2% ao mês, que se evite prazos acima de 36 meses. Os aposentados que quiserem ter cartões de crédito devem procurar pagar a fatura sem atraso para não terem de pagar juros ainda mais altos.
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Novidades previstas para hoje
Novidades previstas para hoje
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Apesar de o ministro Luiz Marinho ter prometido que as mudanças nos juros começariam a valer desde ontem, bancos ainda estão com taxas antigas. Segundo o INSS, as novas taxas e regras só poderão ser cobradas das instituições financeiras depois da publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União. A expectativa é que a regulamentação seja publicada hoje.Outras regras também entrarão em vigor. O limite de compras no cartão de crédito será reduzido de três para duas vezes o valor do benefício. As instituições financeiras serão proibidas de fazer operações com beneficiários de outros estados e o valor terá de ser creditado na conta do próprio beneficiário.
Apesar de o ministro Luiz Marinho ter prometido que as mudanças nos juros começariam a valer desde ontem, bancos ainda estão com taxas antigas. Segundo o INSS, as novas taxas e regras só poderão ser cobradas das instituições financeiras depois da publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União. A expectativa é que a regulamentação seja publicada hoje.Outras regras também entrarão em vigor. O limite de compras no cartão de crédito será reduzido de três para duas vezes o valor do benefício. As instituições financeiras serão proibidas de fazer operações com beneficiários de outros estados e o valor terá de ser creditado na conta do próprio beneficiário.
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A reserva de margem para cartão de crédito somente poderá ser feita com autorização do segurado e ficam proibidos empréstimos com carência — em que o aposentado só começa a pagar a dívida meses depois de contraí-la. Nesses casos, os bancos cobravam juros pelo período de carência.
A reserva de margem para cartão de crédito somente poderá ser feita com autorização do segurado e ficam proibidos empréstimos com carência — em que o aposentado só começa a pagar a dívida meses depois de contraí-la. Nesses casos, os bancos cobravam juros pelo período de carência.
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Fonte: O Dia
Fonte: O Dia